alessandra domingues

Alessandra Domingues, Canção de ninar (2019)

os 9 dias em cena

A artista e iluminadora de peças de teatro, Alessandra Domingues fez a luz do coliseu através de um raio laser de cor vermelha que rondava o terreno todas as 9 noites da exposição. Primeiro, há o sentido de vigilância dos órgãos de poder contra terrenos ociosos, mas há também a possibilidade da luz atravessar territórios proibidos e a própria ameaça deste dispositivo –o laser de alta potência pode representar forte perigo para quem olha–, ao usá-lo como obra de arte, evidencia-se não só as possibilidades de contemplação, mas os perigos da experiência estética. O título, Canção de ninar, parece derivar dessa contradição: os versos e sons baixos com conteúdo aparentemente pueril podem fazer circular muitos outros sentidos éticos e políticos. Paulinho Fluxus através do Lab LUXZ_ executou esse trabalho ao programar o caminho dessa mira. Ele foi um dos articuladores dos movimentos de ocupação da reitoria da USP a partir da segunda metade dos anos 2000, mesmo contexto de aquisição do terreno pela Universidade.

Execução: Paulinho Fluxus e Lab LUXZ_

Assistência: Laiza Meneghassi

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